A história das Histórias para Contar Consigo
Hoje quero partilhar convosco uma história que tem muito a ver comigo… connosco (referindo-se a Margarida Fonseca Santos).
Há muito, muito tempo, numa aldeia perdida, num reino distante, havia uma jovem que tinha uma formação de curandeira que não usava, e uma profissão que não a fazia completamente feliz.
Um dia, no dia do seu aniversário, ela recebeu um objecto que mudaria tudo: um livro. Quando desembrulhou aquele presente estava longe, bem longe, de imaginar que não era um presente igual aos outros.
Começou a lê-lo e descobriu que referia formas mágicas de curar que lhe eram desconhecidas apesar da sua formação… Naquelas páginas falava-se de soluções para males que afligiam grande parte do povo do reino em que vivia… Desejou saber usar essa magia para ajudar os outros.
E tão entusiasmada ficou com aquela ideia que só pensava nisso e não falava de mais nada. Na altura ela não o sabia, mas os deuses estão atentos àquilo que pensamos e dizemos e fazem com que se torne realidade. Tomem cuidado com aquilo que dizem e pensam…
E assim foi: um dia, ao ouvi-la falar, um dos seus amigos falou-lhe de uma maga, uma maga com nome de flor, que dominava esse saber que ela queria possuir e que estava disponível para falar com ela.
A sua primeira conversa, à distância, foi tão agradável e especial que pareceu prologar-se por horas e horas… Nesse mesmo dia, a jovem, inspirada por aquilo que ouvira, inscreveu-se numa escola de magia.
E foi nessa escola que um dia conheceu a pessoa que correspondia à voz que a trouxera até ali. É verdade, era uma das mestras naquele local.
Porque a jovem pediu, foi a maga com nome de flor a escolhida para a acompanhar na sua aprendizagem. E sob sua orientação a jovem começou a dar os primeiros passos no domínio de uma técnica muito especial: o uso de histórias que têm o capacidade de transformar.
E começou o terceiro nível do seu curso… Desta vez, que decepção: a maga já não fazia parte dos mestres da escola.
A jovem queria continuar o processo que tinha iniciado. Porque sabia bem aquilo que desejava, insistiu… E porque ela insistiu, a responsável autorizou uma excepção, permitindo que ela fosse orientada por um mestre exterior à escola.
Mas a maga com nome de flor não aceitou o desafio. O motivo: ela não poderia aceitar uma injustiça, e as excepções nunca são justas para os que cumprem as regras.
Mas eis que então… então… a maga que tinha nome de flor teve uma ideia: lembrou-se que havia outras formas de partilha de conhecimentos que colocavam problemas de justiça… e desafiou a jovem a escrever com ela um livro de magia.
Não imaginam a satisfação da jovem ao ouvir receber este convite. Não sei se sabem, mas desafios daqueles só em contos de fadas é que acontecem aos aprendizes.
Já passou mais de um ano… Hoje a jovem usa a magia, escreve, trabalha como curandeira… Ainda lhe custa a acreditar no caminho maravilhoso que se abriu à sua frente… e como tudo começou com a leitura de um livro.
Bem, eu vou contar a verdade:
· Talvez o reino não seja tão distante…
· Talvez a jovem não seja bem uma jovem, apenas se sinta e aja como tal.
· Talvez a maga com nome de flor não seja bem uma maga… e encaixe mais na categoria de fada, uma fada madrinha.
Quanto ao livro de magia, esse seguramente existe, e estamos agora a partilhá-lo com vocês…
Sem comentários:
Enviar um comentário