A casa criada no CAM

Aqui está a história colectiva que foi criada, no dia 4 de Julho, por um grupo espectacular de pais e filhos com quem fiz uma oficina de escrita criativa no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.
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A Casa

Porta de Entrada – Numa casa, eu sou a mais importante! Sou eu que a mantenho segura.
Fechadura – Então e eu? Estou dentro de ti. Se eu não existisse tu não eras sequer aberta.
Parede – Eu parede é que sou a principal porque sou eu quem dá sustento à casa.
Chão – Calma aí... dás o sustento mas sem chão nenhuma casa é casa!
Tapete – E eu que te tapo e alindo? Sou realmente maravilhoso com todas estas cores e padrões deslumbrantes.
Janela – Mas sem a luz que por mim entra ninguém te conseguia ver, ó vaidoso!
Cortina – Olha, olha... por tu causa, dona janela, a casa ou fica quente ou fria demais. Comigo está sempre amena. Sou eu que tempero os teus humores extremados.
Iluminação – Eu, mesmo de noite, dou luz por toda a casa. É só tocar no interruptor e já está. Qual janela, qual quê.
Lareira – Tu só dás luz, sirigaita. Eu, para além disso, dou calor e muito mais que as cortinas.
Chaminé – Mas sem mim – não se esqueçam – a casa ficava cheia de fumo e fuligem. Ah, e é por mim quer o Pai Natal entra.
Escadas – Nada disso, eu sou a mais importante! Levo as pessoas para o quarto quando querem dormir e descansar.
Cama – Ora ai está alguém que reconhece o verdadeiro valor do objecto mais precioso da casa inteira: eu, a cama.
Sofá – Calma lá, calma lá... sou eu, o sofá, o mais confortável e muita gente adormece em cima de mim.
Banheira – Eu sou relaxante, a melhor quando me enchem de água quente e espuma. E se acrescentarem uma pitada de sais de banho ..... hummm. A cereja no topo do bolo é ligar o jacuzzi.
Cama – Balelas! Certo, certo é que o dia começa e acaba sempre na cama. Sou eu quem acolhe os sonhos cá de casa.
Caixa de correio – Isso pode ser verdade mas eu é que recebo as cartas bonitas e amorosas que fazem sonhar as pessoas que aqui vivem.
Comida – Mais importante sou eu, que antes de haver casas já toda a gente comia.

Autoria: Mafalda Mendes, Maria do Mara Rafael, Catarina Valente, Sara, João e Raquel Graça, Teresa e Lia Vicente, Teresas (2), Mariana, Sofia e Manuel Byrne, Francisca Listopad, Mónica Harris, Paula Vargas.
PS - Pedimos desculpa, mas não ficámos com os apelidos todos. Se alguém nos quiser enviar uma mensagem com os apelidos em falta, nós agradecemos.

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